Há uma regra antiga no futebol, tantas vezes repetida que fica até chata, mas não se pode brigar com a realidade só para ser diferente. Quando o lado coletivo começa a funcionar, o criticado vira útil, o descartado volta a participar, o médio se torna bom e a má fase deste ou daquele some. O Inter está entrando nesta fase do processo.
Moledo parecia ex-jogador, mas agora é titular absoluto. O Víctor Cuesta que fez o Inter vasculhar a Argentina, enfim, apareceu.
Charles parecia fora de contexto, mas reapareceu no Morumbi. Não comprometeu. Dourado passou de lento a acertador de passes. Até Camilo, que tinha sumido e ouvido poucas e boas da torcida após lesionar D’Alessandro no treino, agora entra no segundo tempo.
Só Pottker e Damião ainda não conseguiram se beneficiar deste gradual avanço coletivo do Inter. Até quando o técnico Odair Hellmann deve esperar por eles, sem virar o fio e arriscar todo o resto? Decisão difícil, mas que terá de ser tomada. Seja para mantê-los de vez ou tentar novas alternativas.