A jornalista Eduarda Streb, representante colorada do Sala de Redação, disse que tentou confirmar uma informação que chegou até ela. A possibilidade de cirurgia em Leandro Damião não estaria descartada. A Duda procurou o Inter, como boa repórter que foi, é e nunca deixará de ser. Não há confirmação disso, por enquanto. O clube não disse nem que sim, nem que não.
Questões médicas, agora, por razões éticas compreensíveis na relação médico-paciente, são feitas através de boletins médicos. É assim em todos os times, salvo questões mais corriqueiras, do dia a dia. Obviamente, se a cirurgia viesse a acontecer, Damião tinha de ser o primeiro a saber.
O centroavante, peça chave para o Inter na temporada, sofre com dores na coluna cervical. Segue fazendo exercícios na academia, ainda sem confirmação de retorno contra o Vitória, pela Copa do Brasil, no dia 11 de abril. Prossegue o tratamento conservador, sem cirurgia.
O que ele tem não é pouca coisa. Dores na coluna interferem demais na movimentação. A demora em sua volta é uma preocupação para o técnico Odair Hellmann. E não apenas pela lesão em si, mas em razão do contexto que envolve o centroavante desde o ano passado.
Cristiano Nunes, preparador físico do Inter, que faz bom trabalho, explicou-me as razões que faziam Damião demorar um tanto mais do que seus companheiros para pegar ritmo. Entrevistei Cristiano há alguns dias. É que, no ano passado, ele se sacrificou pelo Inter em boa parte da Série B. Foi solidário com o momento vivido pela instituição. Foi valente, vale dizer.
Damião padecia com dores musculares e no púbis, mas a pressão para subir o obrigava a jogar sempre. Seus gols foram essenciais para o acesso. Como as dores eram muito fortes, o único jeito de garanti-lo nos jogos era reduzindo a carga nos treinos.
Ou seja: ele foi para as férias sub-treinado por força das circunstâncias. Normal, portanto, que durante a pré-temporada tenha sofrido mais para entrar no padrão dos demais. Justamente quando estava retomando o seu caminho, inclusive encerrando a seca de gols, veio o problema na cervical.
Tomara que o Inter e seu competente departamento médico consigam recuperar Damião sem a necessidade de cirurgia. Se isso acontecer, ele ficaria fora de boa parte do Brasileirão, o que seria péssimo.
Se o tratamento conservador der certo, o passo seguinte é colocá-lo em condições de render o máximo. Em que medida seria possível no curto prazo, depois de tanto tempo parado? Sem dinheiro, o Inter não teria condições de ir ao mercado e contratar um centroavante da sua envergadura, caso perca esse jogador por razões clínicas.
Enfim: Damião preocupa.