Um grupo de estudos da Fifa começou a debater nesta quarta-feira, na sede da Fifa, em Zurique, duas medidas que ajudariam a tornar o futebol mais justo. A primeira é o fim da janela de janeiro, que pega o meio da temporada europeia.
As transferências só seriam permitidas entre 1 de julho e 31 de agosto, na fase de preparação. O objetivo é evitar que os mais ricos e poderosos tenham duas oportunidades para desfalcar seus adversários em 12 meses.
Na verdade, o alvo são ações abusivas como a do Qatar Sports Investments, fundo árabe que adquiriu o controle do PSG e torrou bilhões de euros para fazer time.
A outra ideia em debate é ótima para os sul-americanos, fornecedores de matéria-prima. A sugestão é aumentar o percentual do Mecanismo de Solidariedade, criado pela Fifa para indenizar os clubes que participaram da formação do jogador.
Hoje, essa transferência é de até 5% sobre as transações ocorridas após os talentos deixarem o país de origem. O valor é repartido entre os times pelos quais o jovem passou dos 12 aos 23 anos, conforme uma tabela fixa. A proposta é aumentá-la para 7%.
O reajuste estimularia o investimento em formação. O Grêmio, por exemplo, lucraria alguns milhões de euros a mais caso o Barcelona venda Arthur lá adiante. Vale o mesmo para o Inter, de olho no interesse do City pelo volante Fred, do Shakhtar.