Em 2015, Paulo Roberto Falcão treinou o volante desejado pelo Inter. Um dos maiores ídolos colorados, capitão do tricampeonato brasileiro invicto do Inter em 1979 e presença no meio-campo de Rubens Minelli nos títulos de 1975 e 1976, Falcão assumiu o Sport como técnico em setembro, com o time somando 12 jogos sem vencer e às portas da zona de rebaixamento.
Chegou ao fim do ano em 6º lugar, distante três pontos da faixa de classificação à Libertadores. Nessa campanha, o volante Rithely era uma peça-chave no meio-campo. Confira meu bate-papo, jogo rápido, com Falcão, que já comando o seu clube do coração em três oportunidades, sobre o reforço pretendido pelo Inter.
Como escalar Rithely?
É primeiro volante, pensando em 4-3-3. Eu o usava em duas linhas de quatro: ele e Wendell por dentro, Marlone e Elber por fora. Insistia que, quando tivesse a bola, primeiro olhasse para frente, buscando André ou Diego Souza, e só depois recorresse ao passe lateral. A meta era verticalizar. Deu certo. Fez um ótimo campeonato.
Qual o estilo dele?
É incansável na marcação, mas tem bom passe. Pedi que entrasse na área. Acho que consegui. É um jogador humilde. Ouve o técnico. Admiro o bote: certeiro. Sabe aquele tipo mordedor? O Rithely fala pouco, mas treina muito. E é raro perder bola pelo alto.
Mas ele tem 1m72cm. Não é alto.
É verdade, mas a impulsão é absurda. É bom tanto na bola aérea defensiva quanto ofensiva. Ficava tranquilo quando ele subia.
Rithely é bom reforço, enfim?
Acho uma baita contratação do Inter. Mas tem de dar tempo para ele se adaptar, é claro.