Em Abu Dhabi, Duda Garbi e eu conversamos com o ex-lateral Roberto Carlos, hoje diretor institucional do Real Madrid. Conversamos no estádio, logo após a vitória com susto do Real sobre o Al Jazira por 2 a 1.
Ele não quis afirmar oficialmente e nem gravar entrevista pelas limitações impostas em seu contrato de cinco anos. Desculpou-se gentilmente por isso, inclusive, mas ficou clara a sensação de que julga que o Real comeu mosca e deixou o rival passar à frente na corrida pelo volante. É fato: no Santiago Bernabéu, o jogador do Grêmio vinha sendo observado cada vez mais de perto.
É muito por isso, além da convicção de que Arthur pode ser, no futuro, o substituto ideal de Iniesta, que o Barcelona resolveu subir a proposta inicial de 25 milhões (o Grêmio quer 30) de euros pelos 60% do Grêmio nos direitos do jovem talento. A multa rescisória é 50 milhões de euros.
Na Espanha, Barça e Real duelam pelos mesmos jogadores numa briga de foice a cada janela, sem medo de um assediar ou atravessar o negócio do outro. Quem chega na frente ergue o troféu da demonstração de força para suas fanáticas torcidas.