Estava correta uma premissa anterior à parte tática, percebida por boa parte de quem acompanhou a decepcionante campanha do Grêmio até agora.
Os jovens da transição tinham de ter encarado a chance no Gauchão como o prato de comida a lhes salvar da fome. Milhões de meninos sonham vestir a camiseta de um clube grande em um Campeonato Estadual.
O recado do cancheiro, vencedor e experimentado Leonardo Moura é direto. Um petardo. Ele teve personalidade para dizer o que disse, até para ficar de lição para a gurizada que jogou academicamente e somou um ponto em quatro jogos.
– Não é normal o Grêmio ficar nessa posição (penúltimo lugar). Mesmo que seja uma equipe de transição, a responsabilidade precisa ser a mesma, eles estão com a camisa do Grêmio. Treinaram, tiveram tempo para se preparar, cada um tem que assumir a responsabilidade.
Os titulares estão em fase de preparação, após 17 dias de treinos, e não de competição. A necessidade de buscar resultados freneticamente sem o ritmo e forma física apropriadas implicará riscos.
O Cruzeiro, no sábado, é muito inferior. Mas os pequenos esbanjam fôlego nesta época, graças aos dois meses de pré-temporada.
O Grêmio se classificará, nem que seja em oitavo lugar. Quem duvida? Eu, não. Mas e se correr atrás do prejuízo, tão cedo, produzir algum desgaste exagerado? Ou lesão inesperada? Em vez de facilitar a vida dos titulares, o time de transição acabou entregando um grande abacaxi para Renato descascar.