Claudio Winck, 23 anos, é meu convidado no Te Pago um Café, que vai ao ar na RBS TV, dentro do Bom Dia RS. De repente, uma carreira com passagem pela Itália (Hellas Verona), que parecia condenada na Terceirona Gaúcha, ressurgiu. Ele decidiu não desistir. Quando a chance apareceu, estava pronto para assumir a lateral-direita do Inter. Confira um trecho da nossa conversa:
Nunca pensou em largar tudo?
Não. Depois do episódio na Chape, aquele acidente terrível em cujo voo eu poderia ter sido passageiro, com tantos amigos mortos, queria voltar para minha família. Encarei a Terceirona Gaúcha como uma chance que só poderia dar certo se eu fizesse a minha parte com todas as forças. Além do mais, era o Inter. Eu queria muito voltar a jogar pelo Inter.
E se você estivesse relacionado para a final da Sul-Americana, pela Chape, naquele voo?
Ah, minha vida mudou. Passei a dar mais valor para as pequenas coisas do dia-a-dia. A felicidade parece mais simples agora. Estar vivo é uma alegria.
E as lesões? Elas te incomodavam muito, impendindo uma sequência maior.
Graças a Deus, tem mais de ano que não tenho nada: muscular, pancada, torção. Nada.
O Winck atacante é elogiado, mas o defensor recebe críticas. Concorda com elas?Após o treino, faço trabalho específico com o André Luiz (auxiliar de Guto Ferreira, ex-zagueiro e lateral-esquerdo do Inter nos anos 1980): posicionamento na linha, como abordar o atacante. Tenho de melhorar e estou dando duro.
E o lado ofensivo. Procuras um gol neste retorno? Tentaste dois chutes contra o Goiás, não é?
Isso. Sim, atacar é mais natural para mim. Teve um jogo que tive a chance, mas na hora ali acabei optando por cair, buscando a falta. O D'Alessandro me de um dura daquelas, bá (risos). Ele estava certo. Nos cobra o treino, nos deixa atentos. É m líder.
O Inter vai engrenar na Série B?
As vitórias em casa contra Oeste e Goiás nos fizeram entender melhor a competição. Temos de partir sempre daí: raça, suor, atenção.