Toda vez que escuto entrevistas de Ramiro, penso sempre o mesmo. Será técnico quando pendurar as chuteiras. Se faz entender com facilidade. O vocabulário flui. Sabe exatamente com proceder na condição de meia-extrema. O preparador Rogério Dias me disse que ele é o número 1 na parte física, com fôlego inacreditável. Quem ataca e defende do mesmo jeito sem cansar jamais?
Tomo Ramiro como exemplo porque creio que sua presença será essencial na noite desta quarta-feira, na ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-PR. Será um jogo muito físico na Arena.
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O Grêmio tem a desvantagem de vir de uma rodada mais extenuante, física e mentalmente, do que o Atlético-PR. Medir forças com o Vitória é bem diferente do que com o Corinthians.
Mas ambos estão jogando de três em três dias. Haja músculos. Depois de Porto Alegre, o time de Eduardo Baptista vai a Recife pegar o Sport, domingo. Volta a Curitiba sem saber onde enfrentará o Santos pela Libertadores no dia 5, já que a Baixada receberá as finais da Liga Mundial de vôlei.
Ao contrário do ano passado, quando Renato recém havia chegado e a classificação veio com derrota no tempo normal e vitória nos pênaltis, desta vez a superioridade tricolor é notória. Mas tem essa questão física. Por mais que a preparação tricolor seja top de linha desde o ano passado, há um limite para o corpo.
É mais um obstáculo, mas quais o Grêmio de Renato não transpôs, à exceção do Corinthians?