O Grêmio viveu perigosamente em Assunção. Exagerou na dose da preservação, em nome do Gauchão. Escalou só dois titulares (Marcelo Grohe e Edilson) contra o mediano Guaraní, em vez de segurar apenas os mais desgastados. Não fosse algumas defesas ótimas de Grohe, teria perdido. Saiu atrás do placar em jogo repleto de passes errados, após Michel ser expulso.
Durante certo período, com 10, escapou de levar o segundo gol graças a ruindade do ataque paraguaio, mas buscou o empate mesmo atuando por quase toda a segunda etapa com um a menos. Tanto foi arriscada demais a estratégia de escalar nove reservas que bastou entrar um titular, Pedro Rocha, e ele emseguida fez o gol do 1 a 1 final e quase desempatou, logo após. Com um tanto mais de qualidade, o Grêmio teria vencido fácil.
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O volante Arthur foi o melhor, atuando mais adiantado. Armou o time. O passe do gol é dele. Bressan e Thyere tiveram problemas na zaga. El Banguzito do Grêmio, 22 anos depois, agora em versão Libertadores, somou um pontinho fundamental fora de casa. O Grêmio lidera. Quem diria. O Gauchão passou de cafezinho a banquete.