Todo Gre-Nal é cheio de lances e contra-lances, e não seria diferente neste. É como enxergo a especulação, que obviamente não é produto de abiogênese, sobre um Grêmio misto no clássico, mirando à semifinal de quarta-feira, na Copa do Brasil. O que saiu veio de dentro da Arena.
Seria uma tacada de mestre para pressionar o já nervoso Inter, arriscado a perder para o time B gremista e, a partir daí, degringolar a recuperação da confiança contra o rebaixamento?
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Quem disse isso, Renato ou Celso Roth?
Bem, dá para escalar misto quente sem dizer que é de propósito: esse ou aquele estão esgotados, sabe como é o calendário, se for para o jogo estoura o músculo, aquele outro sofre dores lancinantes, puxa vida, estão todos fora. Quem está bem, joga. Força máxima sem ser força máxima.
Ou o papo de entrar na Arena com reservas se trata apenas da natureza vencedora de Renato, obcecado pela regressiva de quatro jogos até o sonhado título, em falta há 15 anos?
O Inter já escolheu a sua vida: livrar-se do rebaixamento, e isso passa pelo Gre-Nal de domingo, para o qual faltam 48 horas. Vale sacrifício para escalar qualquer jogador.
Mas o que tudo isso importa?
Na verdade, não muito.
Já vi o pior ganhar do melhor, tipo Grêmio e Inter com reservas diante dos titulares do Santos. Já vi má fase patrolar boa fase. Antes, todo Gre-Nal é cheio de frescuras e mistérios, mas na hora de a bola rolar não tem nada disso.
As relações do jogo se estabelecem e vão todos à morte, seja quem for. O lado físico e emocional, não raro, supera o técnico. E atenua debates como este, sobre reservas, titulares ou mistão.
É assim há mais de cem anos.
Por que seria diferente no Gre-Nal 411?