Sócrates era um chato. Isso ele próprio admitia, tanto que se definia como um “moscardo”, que nada mais é do que um moscão, e não na acepção brasileira, de pessoa distraída, meio abobada, e sim no conceito biológico, de ser uma mosca grande, daquelas que pousa no seu braço e você espanta e ela foge voando por dois metros e retorna e você espanta de novo e de novo ela faz que vai embora, mas volta, e outra vez você espanta e outra vez ela desvia do tapa, faz um voo irregular e retorna. Não tem bicho mais chato do que a mosca.
Diário do confinamento
Agora é a hora de sentir medo
É preciso tomar todos os cuidados neste sombrio mês de março
David Coimbra
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