O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson renunciou ao seu assento em Westminster, o parlamento britânico. O motivo é que durante o lockdown na Inglaterra, em plena pandemia de covid-19, ele contrariou as regras impostas aos britânicos, não respeitou o distanciamento entre pessoas e promoveu uma festa na sede do governo.
O primeiro-ministro não respeitou a regra e isso é motivo de vergonha num país onde os governantes obedecem às regras, seja ela sanitária ou não.
O passado do Boris Johnson não é muito abonador. Antes de ser político, foi correspondente na Bélgica do jornal The Times, um diário muito popular da Inglaterra. Acabou demitido depois da descoberta de que mentia em alguns dos seus artigos.
Apesar de manter em sigilo, era voz corrente que manteve uma amante durante mais de quatro anos, algo que ele acabou confirmando mais tarde. No governo, também tolerou as explicações de seu secretário de saúde, equivalente a um ministro, que furou o lockdown para visitar a namorada.
Ou seja, num país sério, um membro do parlamento sente vergonha e entrega o cargo, mesmo que seja um bom tempo depois do fato.