Da série quem teu viu, quem te vê! Não foi uma, nem duas. Foram várias adesões do presidente Bolsonaro num sinal claro de endosso aos protestos que pediam, entre outras coisas, o fechamento do Congresso. Isso tudo aconteceu neste ano, em maio e junho.
Algumas dessas demonstrações ocorreram na frente do Palácio do Planalto, em Brasília. Na esteira das manifestações, o STF também virou alvo, com faixas pedindo intervenção militar e fechamento do Supremo, cujo o presidente, na época, era o ministro Dias Toffoli, que se transformou numa espécie de persona non grata entre os bolsonaristas.
Neste campo político, as reformas, as mudanças e as coisas boas necessárias não aconteciam por obra do trio Toffoli, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.
No último sábado, o presidente fez uma visita de cortesia ao ministro Dias Toffoli, em sua casa na capital federal. Um foto mostrando um afetuoso abraço e cheios de sorrisos é simbólico sobre a virada estratégica de Bolsonaro. Num compromisso fora da agenda oficial, Bolsonaro fez uma reunião de amigos com aqueles que eram os símbolos do que existe de pior da chamada "velha política" na ótica bolsonarista. No mesmo encontro, estava o desembargador Kassio Nunes Marques, indicado de Bolsonaro ao STF.
Foi o maior movimento político jurídico do presidente: sacramentou o casamento com o Centrão, se reaproximou do Judiciário e garantiu a paz com quem mais precisa. 2022 é logo ali.