Meu filho me pediu para escrever sobre vacinas. Ele nunca deu palpite sobre minhas colunas no jornal, não trabalha com ciência. Como a maioria dos adolescentes, joga futebol e videogame, estuda, sai com os amigos, assiste a vídeos e filmes, ouve música. Meu filho, que eu amo mais que tudo no mundo, tem saúde. Meu filho está vivo. Ao contrário de mais de 300 crianças que morreram por vírus zika no Brasil nos últimos três anos. Ou dos bebês perdidos por toxoplasmose neste ano em Santa Maria. Ou das milhares de crianças que morrem todo ano no mundo ao se infectarem com VSR, o vírus respiratório sincicial. Ou daqueles milhões de filhos perdidos por suas mães para o HIV.
Crônica
Pelos nossos filhos: a única forma de erradicar uma doença é com uma vacina
Ao redor do mundo, pais e mães estão deixando de vacinar seus filhos. E, assim, expõem a perigos mortais não apenas eles, mas todos nós
Cristina Bonorino