A expressão “50 anos em 5”, cunhada durante a presidência de Juscelino Kubitschek, foi superada e ganhou todo um novo sentido durante o governo Bolsonaro. Quando chegarmos a 2022, terão sido 400 anos em quatro. Não pelo salto de desenvolvimento – só rindo – nem mesmo pelos retrocessos – inumeráveis, irreversíveis –, mas pela gastura diária de acordar toda manhã sabendo que algum membro da família B. irá produzir nas horas seguintes aquele tipo de sobressalto desnecessário que não apenas azeda ânimos em escala industrial como serve para encobrir algum problema de verdade que não está sendo enfrentado como deveria.
400 anos em quatro
Entre muitos perdigotos
Sem cortinas de fumaça, o bolsonarismo e a visão de mundo que o sustenta não sobrevivem cinco minutos na chuva
Cláudia Laitano
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