Se o Carnaval fosse uma rede seria o Tik Tok: um negócio muito divertido e anárquico para quem curte - e massacrante para quem não gosta. Embora tenha sido um dos aplicativos mais baixados no planeta no ano passado, é possível que você, leitor adulto, nunca tenha ouvido falar da primeira rede social chinesa a conquistar o Oeste. Isso porque o Tik Tok, com seus vídeos caseiros de humor adolescente, tem conseguido manter os adultos à distância. Pelo menos por enquanto.
O Linkedin, se fosse uma festa, seria uma daquelas reuniões da firma com salgadinhos baratos e nenhum álcool: frequenta-se porque é conveniente e não porque é bom. A rede que conecta pessoas interessadas em exibir seus currículos e prospectar novas oportunidades de emprego é o túmulo da espontaneidade e da diversão. O máximo de felicidade admitido no Linkedin é cumprimentar alguém que você não conhece por ter sido promovido para uma função que você nunca soube que existia. Já o Tinder é uma balada do tipo Velho Oeste: quem não mata, morre.
O Instagram é uma festa na praia: todo mundo aparentando saúde e felicidade em cenários com potencial para disparar o invejômetro alheio. No fundo, todo mundo sabe (ou deveria saber) que nenhuma vida é um luau, mas o Instagram vende a ideia de que a felicidade é só uma questão de enquadramento. O que não deixa de ser um pouco verdade.
O Twitter é uma gigantesca assembleia estudantil festiva, regada a vinho de garrafão e cigarros suspeitos: muita opinião, muita gritaria, algum flerte e quase tudo acaba em briga. Ainda assim, você não quer perder para não ficar de fora do que está acontecendo.
O Facebook, por sua vez, é o Natal de uma família sincerona e expansiva: mesmo sem nenhuma vontade, você é obrigado a interagir com pessoas que dizem o que pensam e o que sentem sobre todos os assuntos, do aquecimento global ao arroz com passas, quando tudo o que você queria era voltar ao tempo em que a única coisa que você sabia sobre sua tia Adelaide era o nome. E olhe lá.