A comparação é uma das formas de análise mais comuns para entendermos os momentos. No futebol, talvez seja a única maneira de posicionarmos algum trabalho.
O Rio Grande do Sul sofreu muito com a enchente de maio e isso afetou fortemente o lado esportivo de Grêmio e Inter. Agora, no entanto, existe uma grande diferença entre o rendimento das duas principais equipes de Porto Alegre, e isso cria a definidora cobrança ao trabalho realizado no lado tricolor.
A conta é simples. Vou tentar ser o mais pragmático possível: após a enchente, o Grêmio voltou a jogar em casa cerca de dois meses depois do Inter.
A outra diferença está na eliminação das Copas. O Colorado passou a ter um calendário mais aliviado no final do mês de julho, enquanto o Tricolor só teve isso exatamente um mês depois.
Essas duas situações diferenças indicam, apenas, que a equipe de Renato poderia ter tido mais tempo para retomar um futebol de bom nível, mas isso não aconteceu. O desequilíbrio está escancarado, o que aumenta — em grande escala — a cobrança ao time gremista.
É preciso dizer que o Grêmio investiu alto nesta temporada. Depois de contratar, ainda em 2023, jogadores caros como Cristaldo e Carballo, a diretoria foi ao mercado e buscou reforços utilizando fortemente o seu departamento financeiro.
Entre Pavon, Aravena, Monsalve e Arezo, foram perto de 15 milhões de dólares de investimento e, curiosamente, nenhum deles conseguiu se firmar como titular absoluto nos últimos meses.
A comparação entre os trabalhos realizados no Beira-Rio e na Arena deve servir de cobrança para os dirigentes e profissionais do Grêmio. Não se pode admitir que, com condições semelhantes, temos rendimentos tão extremos.
O Tricolor parece viver um mundo paralelo. Só se consegue enxergar a própria incompetência quando se tem grandeza de se olhar em volta. Nós, infelizmente, temos um exemplo bem perto do que é trabalhar melhor. O Grêmio precisa acordar.
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