Uma matéria de Rodrigo Oliveira, em GZH, dá conta do avanço das negociações envolvendo a troca de uma área no CT Cristal pela ampliação do CT Luiz Carvalho. A notícia agitou os gremistas, tanto no clube como fora dele.
O Grêmio negocia com a prefeitura e a Multiplan há bastante tempo, e, mesmo assim, alguns pontos preocupam dirigentes e conselheiros. Situações do próprio negócio são levantadas, como a saída de 54 famílias que moram no local que o Grêmio receberia em troca. Alguns prazos precisam ser vencidos e, por isso, todos pressionam para a aprovação do Conselho Deliberativo ainda neste mês.
A questão, no entanto, precisa ser tratada de maneira mais profunda. O CT do Cristal está situado na área mais nobre da cidade, e é um ponto estratégico para a escola e também a marca do clube. O Grêmio cederia dois terços da área atual, diminuindo muito o potencial de utilização daquele espaço.
A área que o clube receberia em troca está situada ao lado do CT Luiz Carvalho e a alegação principal para a permuta é a melhoria na estrutura do espaço utilizado pelo profissional. O Grêmio receberia uma área cinco vezes maior do que a cedida no Bairro Cristal.
Quando do negócio Arena, a pressão para as últimas liberações do Conselho gerou problemas para o Grêmio. Por isso, é preciso ter muito cuidado com esse negócio. O CT do Cristal é muito valorizado e a especulação imobiliária do local valoriza dia após dia aquele espaço, o que exige ainda mais cuidado do clube.
O Grêmio não pode errar. Esse negócio precisa ser estudado e avaliado em todos os pontos, das finanças ao marketing. Pensar no futuro é obrigação dos dirigentes e conselheiros.
Se arrepender não é uma opção para um clube perene, que estará no sentimento das pessoas e no cenário do futebol por centenas de anos. A preservação do patrimônio é fundamental para o futuro do Grêmio, e negócios como esse precisam ser amplamente discutidos por todos os gremistas.