O Patrono do Grêmio, Luiz Carlos Silveira Martins,fez um alerta que, cada vez mais, precisa ser discutido no Brasil. Cacalo se mostrou preocupado com o número de estrangeiros no país e revelou que gostava mais quando o limite era menor.
Atualmente, cada clube pode escalar sete jogadores estrangeiros em uma partida. Durante muito tempo, o número permitido era de dois atletas por equipe. Essa regra tem mudado o perfil dos clubes e o trabalho de base tem perdido muito espaço na vitrine dos principais times do país. O alto número de jogadores de fora tem muitos fatores e o principal deles não agrega em nada ao processo de formação no futebol brasileiro.
Os dirigentes dos clubes brasileiros encontram negócios mais favoráveis nos jogadores sul-americanos em relação aos seus próprios atletas. O nível financeiro de um jogador médio na Argentina, por exemplo, é menor do que um atleta do mesmo nível no país. E esse é o ponto que gera a maior preocupação.
Os bons jogadores brasileiros não estão sendo formados para jogarem aqui. Na primeira proposta, um atleta da base deixa o Brasil e, ao mesmo, esse valor é investido em algum mercado no Exterior.
Está na hora de entender essa relação e voltar a produzir atletas para brilhar aqui. O Grêmio, atualmente, conta com sete estrangeiros, sendo que dois deles (Iturbe e Besozzi) chegaram ao clube como apostas e estão ocupando um espaço que deveria ser cativo para os jogadores formados no CT de Eldorado.
Essa regra, é bom que se diga, surge de um pedido dos próprios clubes, mas o futebol brasileiro não parece ter discutido esse assunto da forma que deveria. Basta que olhemos os destaques do Campeonato Brasileiro e vamos notar que os estrangeiros têm muito mais espaço do que os jovens talentos do nosso futebol.
Pensar o futebol e entender todos esses movimentos se torna imperativo. O Brasil insiste no imediatismo. Precisamos voltar a colocar a saúde dos clubes no centro do pensamento. Montar times é o ponto final do trabalho e não a base das regras que o futebol brasileiro insiste em não pensar.