O Grêmio permitia um empate frustrante para o Bragantino, na Arena, nos minutos finais do jogo e, logo após, Renato, enfurecido, invadia a coletiva de imprensa para proferir uma frase que viraria uma das questões mais lembradas no primeiro semestre do Tricolor.
— Eu estou dando a minha palavra que o Grêmio não vai ganhar a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro — falou Renato, claramente incomodado com o rendimento do time naquela tarde chuvosa de Porto Alegre e cobrando reforços da diretoria.
Imediatamente, os dirigentes trataram de minimizar a manifestação fazendo o treinador se justificar junto a imprensa e a torcida, tentando diminuir a tensão em razão das suas fortes palavras naquele dia. Mesmo assim, a cada resultado abaixo do esperado Renato voltava a falar em reforços. Pedidos que eram somados a nomes como Michael, o mais citado em praticamente todos os pedidos.
Esta forma de comunicação do treinador do Grêmio acabou gerando uma grande expectativa de todos em relação a ação dos dirigentes do clube na janela de transferências. E veio a janela e o Grêmio foi ao mercado. Foram seis reforços. Jogadores de boa qualidade, mas nenhum nome de vulto que chegasse com a responsabilidade de assumir uma vaga no time titular. Todos os nomes chegaram para brigar por espaço e buscar o seu lugar na equipe.
Luan, Iturbe, João Pedro Galvão, Rodrigo Ely, Caíque e Besozzi juntam características que agregam qualidade ao grupo de Renato, mas a análise sobre o questionamento original do treinador não tem resposta imediata da torcida. Com este grupo, o Grêmio pode ser campeão de algo no segundo semestre? Com a palavra, Renato. Só ele pode definir o futuro. A resposta, agora, sai do discurso e entra nas quatro linhas.
Os jogos têm o poder de responder e será do treinador a responsabilidade de entregar a resposta ao torcedor. Que venham os jogos. O futebol sempre caminha abraçado ao resultado e é isso que veremos a partir do próximo domingo (6). É com esse grupo que o Grêmio jogará até o final do ano.