Os últimos resultados e a repetição de problemas precisam ser analisados pelos gremistas. O Grêmio, de fato, está jogando pouco e as críticas vêm seguidas de certo constrangimento.
O passado recente do clube e o retorno para a Série A do Brasileirão servem como guarida a qualquer tipo de crítica que se possa fazer neste momento do clube. E aqui está o erro. Não estamos falando do clube, mas sim do time.
E o time do técnico Renato Portaluppi começa a mostrar problemas que merecem muitas críticas. A insistência com algumas peças incomoda o torcedor e gera atuações que não trazem otimismo algum. Além disso, a disposição tática do time, sobretudo no setor de marcação no meio de campo, está abaixo da exigência.
Contra Vasco e Santos, o Grêmio marcou com poucos jogadores e expôs dificuldades que lembraram muito o time que afundou em 2021. Futebol, mais do que nunca, precisa ter competição, no sentido coletivo, e não admite mais um time com setores tão distantes.
Está na hora do diagnóstico. Não se pode se esconder na tal reconstrução, sem críticas sobre o que não está certo. O Grêmio tem muitos problemas, tanto na construção do grupo como na execução do time. E a hora das críticas precisa ser antes do resultado. O time de Renato precisa e pode fazer mais do que está mostrando.
O grupo de jogadores deve render mais, ter mais atenção e trabalhar melhor os momentos cruciais do jogo. O técnico precisa definir um novo sistema de defesa, mais consistente, e permitir menos espaço ao adversário. Os números escancaram a dificuldade e o Campeonato Brasileiro está apenas na metade.
O Grêmio é muito maior do que um ano ruim. Assim, perder tempo olhando para trás não condiz com a história do clube. Se é verdade que trabalhamos bem no primeiro semestre, também é verdade que estamos vivendo um momento ruim e não podemos nos sentir constrangidos em criticar.