Depois de vencer um duelo direto do G-4 com o Fluminense na rodada passada, o Grêmio perdeu no domingo (20) para o Santos, adversário que está na zona de rebaixamento do Brasileirão. Com 33 pontos, o Tricolor para o quinto lugar com vitórias de Flamengo e Flu.
Depois de um primeiro tempo apático, a equipe de Renato Portaluppi abriu o placar no início da segunda etapa. No entanto, não soube administrar a vantagem e sofreu dois gols. Primeiro, Marcos Leonardo empatou e, depois, Furch marcou o segundo do time paulista. GZH mostra os motivos que ocasionaram a virada santista.
Escolhas de Renato
O time titular teve duas mudanças de ordem técnica. Fábio, que já não havia ido bem contra o Fluminense, sofrendo defensivamente, começou a partida no lugar de João Pedro, um dos mais regulares da equipe na temporada, e Ferreira, que, apesar do gol marcado contra o Flu, vem sendo criticado pela torcida.
Depois, já durante a partida, fez trocas questionáveis e praticamente desmontou o meio-campo — a equipe acabou sem Carballo, Pepê e Cristaldo. Além disso, optou pela entrada de Galdino como primeira mudança no segundo tempo. O meia-atacante não jogava desde 11 de junho.
Ausências de Suárez e Villasanti
Dois dos principais jogadores do Grêmio não puderam atuar na Vila Belmiro. Alicerce defensivo e ofensivo do time, Villasanti estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo e foi desfalque em Santos. O paraguaio vem sendo um dos jogadores mais regulares da equipe gremista. Outro suspenso foi o centroavante Suárez, artilheiro do Tricolor em 2023, com 16 gols marcados.
Problemas defensivos
Os números não mentem. Nos últimos 15 jogos, o Grêmio não foi vazado em apenas um deles (Atlético-MG, na Arena). Na ocasião, venceu por 1 a 0. Casualmente sofreu um gol, mas o árbitro de vídeo assinalou impedimento de Alan Kardec na conclusão. Nesse meio tempo, Renato chegou até a mudar o esquema — de três para dois zagueiros.
Erros individuais e coletivos
O primeiro gol do Santos foi gerado por uma falha coletiva do time. Afinal, Soteldo conduziu a bola sem qualquer marcação. Em parte, isso aconteceu em função do mau posicionamento do zagueiro Rodrigo Ely na jogada.
— Eu ensino, eu mostro, eu falo, mas não posso entrar em campo e tomar a decisões por eles. As decisões são dos jogadores. Não é só aqui no Grêmio. Os treinadores ensinam, mas os jogadores tomam as decisões dentro do campo, treinador não joga — disse Renato.
Desatenção no final
O Grêmio parecia já conformado com o empate na Vila Belmiro e tinha um escanteio pelo lado esquerdo. Reinaldo bateu e a defesa santista afastou para longe. O lateral e o atacante Ferreira acharam que a bola sairia pela linha lateral e praticamente desistiram do lance. A bola não só não saiu, como também o Santos fez o gol da virada. Uma desatenção que fez o Tricolor deixar mais um ponto pelo caminho.
— Gol que a gente não podia ter tomado, faltou atenção. Passei na preleção algumas coisas para eles, o que não foi feito no escanteio. Quando o jogador do Santos deu o “chutão” eu gritei que a bola não iria sair e meu time parou. Faltou atenção e foco. A bola pune. Fizemos o gol, tivemos outras duas chances claras e não matamos. O Santos teve poucas chances e fez — argumentou Renato.