Às 10h11min de sexta-feira, a editora digital Isabel Marchezan anunciou para jornalistas responsáveis pela distribuição de conteúdo, acomodados no meio da Redação Integrada:
– Atenção, pessoal: neste momento, já temos mais gente conectada ao novo app do que ao velho.
Desenvolvido a partir de sugestões dos assinantes, o novo aplicativo GaúchaZH, disponível desde quinta-feira, endereça, neste momento, 25 (65%) dos 38 atritos de uso apontados por leitores em uma ampla investigação iniciada no começo de 2019. A fase 2 do projeto, que será lançada nos próximos meses, deve acabar com outras 13 inconveniências identificadas e trazer novidades que vão deixar o produto ainda mais robusto.
Peço licença para contar um pouco dos bastidores da construção deste app porque ela diz muito da forma como a RBS (e a Redação Integrada, em particular) se relaciona com o público.
O ponto de partida para o trabalho, que durou 10 meses, foi ouvir o leitor sobre a experiência de consumir notícias, esporte e entretenimento, especialmente no celular, que é o meio de acesso predominante a GaúchaZH. Não basta ter bons conteúdos se a navegação, a forma de uso, deixar a desejar. Este é o ponto.
– Pesquisas não são apenas ferramentas, são meios para trazer a voz do cliente para o centro do nosso trabalho. Pra gente, isso é uma obsessão. É o nosso público quem vai dizer o que faz sentido para ele – sintetiza a gerente-executiva de Estratégia e Desenvolvimento Digital, Camila Leães.
O time capitaneado por Camila contou com a parceria da NoOne, empresa de estratégia e inovação na fase que antecipou o desenvolvimento de tecnologia. Ao todo, 1.577 pessoas foram consultadas. Em camadas de investigação mais profundas, utilizamos diversas técnicas para observar e escutar os assinantes. Uma delas envolveu 10 voluntários que foram orientados a monitorar, por uma semana, determinados assuntos jornalísticos. Tudo o que lessem, ouvissem ou assistissem, em qualquer plataforma de qualquer veículo de imprensa, devia ser comentado. Os leitores-parceiros enviavam, via WhatsApp, suas percepções sobre a forma como o conteúdo era oferecido, o que entendiam como acertos, erros e oportunidades de mudanças – em alguns casos, interagiram cerca de cem vezes.
Ainda no campo qualitativo, houve 22 entrevistas com pessoas de diferentes perfis, 12 grupos focais com usuários e não usuários do app e 35 testes de usabilidade para avaliar os protótipos construídos para buscar a solução dos atritos encontrados. Dificuldades que irritavam a médica psiquiatra Elisa Boéssio, 38 anos, por exemplo, foram sanadas.
– Eu perdia tempo procurando notícias no aplicativo. Era cansativo. A lupa para pesquisar otimiza o nosso tempo – exemplifica Elisa.
Parece pouco, né? Mas não é. Resolver problemas como esse, que causam desconforto para quem paga pelo que produzimos, representa uma grande conquista. Os leitores querem, nos nossos produtos, a mesma experiência que têm em aplicativos de empresas globais. Navegação intuitiva e simplificada com conteúdo jornalístico de qualidade, em um só lugar. É o nosso desafio.
– Cada centímetro quadrado do aplicativo tem uma razão e uma resposta – complementa Camila.
Como todo lançamento importante, de acordo com o feedback dos leitores, devemos fazer ajustes ao longo das próximas semanas. É apenas o começo. Em breve, teremos mais novidades.
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