A terça-feira (12) foi marcada pela vitória de Lima sobre Assunção na escolha para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2027. A capital peruana irá se igualar a Cidade do México e a Winnipeg, no Canadá, como únicas cidades a receber o principal evento esportivo das Américas em duas oportunidades.
O triunfo limenho tem alguns pontos importantes. Estive em 2019 no Peru, quando o Pan por lá ocorreu. Foi minha quarta cobertura e comparado aos Jogos do Rio (2007), Guadalajara (2011) e Toronto (2015), o evento só ficou atrás do Brasil em termos de organização e, mesmo assim, nos critérios de desempate, digamos.
Para se ter uma ideia, no ano de 2023 em Santiago, muitos que estiveram presentes em Lima recordavam a capital peruana e a comparavam com a cidade chilena, que em termos de organização deixou muito a desejar. Nos Jogos Pan-Americanos do Chile problemas de infraestrutura foram recorrentes, por mais que os chilenos se esforçassem para fazer o melhor.
Lima terá a seu favor a expertise de já ter sediado o evento com excelência. A "Cidade dos Reis", como ela é chamada, utilizará toda a estrutura que está pronta e com alta qualidade, assim como poderá ampliar com melhorias que estão em andamento e que a partir de agora serão aceleradas.
Um dos investimentos será de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,480 bilhões) na área de infraestrutura, com a construção de pistas, avenidas e viadutos aéreos, para desafogar o trânsito, incluindo 150 quilômetros de vias exclusivas para a família pan-americana, a contratação de 10 mil câmeras de vigilância e 10 mil motocicletas para uso das forças policiais, assim como a ampliação da Vila dos Atletas de 2019, que ganhará mais cinco prédios com 10 andares.
O legado está pronto e poderá transformar o Peru em potência esportiva do continente, aproveitando os investimentos em todas as áreas. Que venha Lima, com suas atrações como o Museu do Ouro e Armas do Mundo, entre tantas atrações, como a gastronomia com os famosos ceviche, lomo saltado, causa limenã e o pisco sour, um dos melhores coquetéis do mundo.