Bia Haddad Maia é disparado a melhor tenista surgida no Brasil desde Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten, os nossos dois grandes nomes na história da modalidade. A paulista tem um potencial enorme e pode crescer ainda mais no cenário internacional.
Com todos os golpes, potência física impressionante e capacidade de seguir firme nos momentos de grande adversidade, ela é hoje uma das 15 melhores do mundo em simples e duplas, o que é bastante raro.
Mas a carreira de Bia, vice-campeã de duplas do Aberto da Austrália de 2022 e semifinalista em Roland Garros este ano, precisará de uma decisão importante. No alto nível, será impossível que ela siga conciliando torneios nas duas chaves.
A exigência atual dos jogos, cada vez mais intensos, acaba cobrando um preço físico em torneios longos, como são os Grand Slam. Na França, por exemplo, Bia esteve em quadra por quase 17 horas.
Em Wimbledon, antes da partida desta segunda contra Elena Rybakina, ela já havia jogado 7h30min, um desgaste bem maior que a rival, que jogando apenas simples tinha atuado por 4h30min. Uma diferença de três horas é algo que pesa sempre em qualquer modalidade esportiva.
Outro fator que pesa é que o histórico de lesões de Bia é grande ao longo de sua carreira. Por isso, para dar o grande salto e quem sabe decidir um torneio de Grand Slam e ir além do 10º lugar no ranking, ela precisará tomar uma importante decisão: focar nos jogos de simples.