O final de semana foi espetacular para o esporte brasileiro, pois teve vitórias, medalhas e grandes resultados conquistados nas mais diversas modalidades. O sucesso esportivo do Brasil não é à toa e está baseado em vários aspectos.
Claro que o talento é o principal deles, mas a estrutura quem vem melhorando a cada ano é um fator que pesa bastante. O crescimento é evidente, e o objetivo traçado anos atrás de tornar o país em uma potência olímpica, deixando de ser apenas de uma modalidade, o futebol, está em andamento.
Nesses últimos dias acompanhamos mais um título de Bia Haddad Maia, que já está entre as 30 melhores tenistas do mundo, que vem depois de um período de afastamento por doping em um momento de ascensão na carreira. Lembro que conversei com a paulista durante a pandemia e ela relatou que a notícia da suspensão " foi como um tapa na cara". Pois ela está de volta e quebrando marcas históricas, e porque não almejando se tornar a segunda brasileira a vencer um Grand Slam.
Em Roma, Duda e Ana Patrícia sagraram-se campeãs mundiais de vôlei de praia, dando um alento à modalidade, já que depois de dominar o cenário por anos, as representantes brasileiras não estavam conseguindo chegar no alto do pódio. No masculino, Renato/Vítor Felipe e André Stein/George também foram destaque ao garantirem prata e bronze, sendo só superados pelos atuais campeões olímpicos, os noruegueses Mol/Sorum.
Ainda na Europa, mas em Budapeste, no Mundial de Esportes Aquáticos, Nicholas Santos foi prata em uma emocionante disputa dos 50m borboleta. Aos 42 anos ele segue insipirando e fazendo história. Ainda tivemos o bronze de Guilherme Costa nos 400m livre e a grande atuação da gaúcha Viviane Jungblut, que ao lado da paulista Beatriz Dizotti, vai disputar a final dos 1.500m livre. Já no nado artístico, o Brasil passou para três finais.
Mas os atletas brasileiros não pararam por aí. Em Paris, Rafael Pereira (anotem esse nome) foi prata nos 110m com barreiras em etapa da Diamond League. Aliás, dias antes ele havia levado o bronze em Oslo. Ainda na França, o sogipano Almir Júnior foi quinto no salto triplo, superando o bicampeão olímpico Christian Taylor pelo segundo evento consecutivo, depois da vitória nos Jogos Paavo Nurmi.
Quem também cresce é Bruna Takahashi. A mesa-tenista que se tornou a primeira brasileira a figurar no top-20 do ranking mundial na história alcançou as semifinais do WTT Contender de Lima, no Peru, e igualou feito que ocorreu apenas em outras quatro oportunidades.
E ainda tivemos uma medalha de bronze conquistada por Michel Hidalgo na etapa de Huatulco, no México, da Copa do Mundo de triatlo. Entre as mulheres, Luisa Baptista conseguiu um excelente sexto lugar.
Isso tudo sem falar no tradicional vôlei, que com uma renovada seleção feminina ocupa a terceira colocação da Liga das Nações e que, no domingo (19), atropelou a Sérvia, atual campeã mundial, por 3 a 0.
Para quem acredita no esporte brasileiro, foi um final de semana fantástico e que dá esperanças para os Jogos de Paris 2024, onde a meta é superar o ótimo desempenho obtido nos Jogos Olímpicos de Tóquio e firmar o Brasil como uma das potências esportivas mundiais.