Após o temporal da última semana, municípios do sul do RS começaram a contabilizar os estragos causados na produção agrícola. As primeiras cidades a relatarem danos à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) foram Rio Grande, Canguçu e Tavares.
De acordo com Ronaldo Maciel, gerente regional sul da Emater, a instituição ainda aguarda laudos de outras cidades, como São Lourenço do Sul, Pelotas e Arroio Grande, para contabilizar o prejuízo total na região.
Em entrevista para a Rádio Gaúcha, o gerente explicou que o excesso de chuva afeta não apenas as culturas de inverno, como hortaliças, cebola, tabaco e olerícolas, mas também atrasa o plantio de culturas de verão.
— As previsões indicam que até o final de 2024 tenhamos muita chuva. Para 2025, nós ainda não temos dados concretos, mas tememos uma estiagem. Os dois fenômenos, a chuva em excesso e a estiagem, um atrás do outro podem causar danos consideráveis para os produtores —completou.
Maciel destacou a dificuldade dos produtores em se prevenir contra esse tipo de fenômeno meteorológico, ressaltando que a geografia plana e baixa da região sul do Estado contribui para a ocorrência de alagamentos frequentes, limitando as alternativas de áreas seguras para o plantio.
A Emater segue monitorando a situação e aguardando mais informações de outros municípios para consolidar o impacto do temporal nas atividades agrícolas da região.