A Secretaria de Agricultura de Santa Catarina confirmou neste sábado (15) o primeiro foco de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 em ave de criação doméstica, no município de Maracajá. Segundo o órgão, o caso não deve impactar o comércio internacional, já que não foi detectado em granjas comerciais.
Depois da detecção, por meio da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a secretaria destacou, em nota, que o Estado segue em "alerta máximo" em relação à adoção de medidas de biosseguridade para a avicultura comercial e a proibição de visitas de pessoas alheias ao sistema de produção.
"Permanece também a recomendação da restrição de acesso ao ambiente externo para aves criadas livres e mesmo aves de subsistência, a fim de proteger a saúde e segurança do plantel avícola catarinense", diz o texto.
Este é o segundo caso de gripe aviária em animal doméstico detectado no Brasil. O primeiro foi em junho, no Espírito Santo. Já em Santa Catarina, um outro caso do vírus foi confirmado, em São Francisco do Sul, mas em ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real.
O Estado catarinense é o segundo maior produtor e exportador de frango do país. Por isso, a secretaria estadual destacou que o comércio não será comprometido, uma vez que o vírus sendo identificado em aves de subsistência não compromete a condição sanitária estadual ou nacional, uma vez que a produção comercial segue sem registros.
O Ministério da Agricultura confirmou a informação e, com isso, o Brasil tem agora 64 focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectados nos Estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Ainda de acordo com o Ministério da Agricultura, as notificações em aves silvestres ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).