Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS (Fundesa)
A busca pelo avanço em saúde animal não acaba nunca. Alcançado um determinado status, busca-se um novo patamar e — ainda mais importante — existe o desafio de manter as conquistas já obtidas. O Rio Grande do Sul se preparou fortemente nos últimos anos em busca da retirada da vacinação contra a febre aftosa. A meta ainda não foi atingida, mas já pensamos em controlar e erradicar duas enfermidades que atrapalham a produtividade e a qualidade do leite gaúcho.
Encarar de frente a brucelose e a tuberculose nas propriedades leiteiras requer a adesão de produtores, do serviço veterinário oficial e de todos os envolvidos nesta cadeia produtiva. Tem sido do Rio Grande do Sul o maior empenho em sanear o rebanho para estas duas enfermidades. O leite produzido no Estado é o mais testado e fiscalizado — de acordo com o número de amostras do produto que chegam aos laboratórios oficiais. E mais: dos recursos do Ministério da Agricultura para a indenização de produtores por sacrifício de animais contaminados com tuberculose, quase a totalidade aos produtores do estado gaúcho. Sinal de um trabalho permanente e do interesse em melhorar o desempenho.
Além dos 25% de indenização do ministério sobre o valor do animal, definidos por uma comissão tripartite de avaliação, o produtor de leite do Rio Grande do Sul recebe indenização também do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal. O Fundesa ainda garante o pagamento do chamado “risco alimentar”, quando os produtores precisam realizar o vazio sanitário após o saneamento.
A atenção deve ser de todos, tanto do serviço veterinário oficial na fiscalização e orientação dos produtores, como dos médicos veterinários privados e, especialmente dos produtores.
A atenção deve ser de todos, tanto do serviço veterinário oficial na fiscalização e orientação dos produtores, como dos médicos veterinários privados e, especialmente, dos produtores. Ter atenção total ao adquirir animais, verificando se todos têm atestado das enfermidades e garantindo o trânsito seguro, com a documentação necessária.
As medidas de biosseguridade na propriedade leiteira também devem ser observadas com atenção. Em função do trabalho diário, o trânsito de pessoas é intenso. Técnicos, inseminadores, transportadores de leite e qualquer pessoa que entrar na propriedade precisa passar por procedimentos mínimos como a higienização de calçados e equipamentos que terão contato com os animais.
Os resultados das divisas e empregos gerados pela atividade agropecuária refletem em toda a economia. Por isso, a responsabilidade com defesa sanitária animal é de todos.
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