Responde: Betina Blochtein, professora titular da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS)
Sim, há várias espécies sociais nativas que, não só podem, como devem ser criadas nas cidades, seja em parques e praças ou em casas. No Brasil, são cerca de 400 espécies, sendo 24 no Rio Grande do Sul. Esses insetos são importantes indicadores ambientais. Além disso, são fundamentais para a polinização de plantas naturais e cultivadas.
As abelhas mais comuns sem ferrão: Jataí, conhecidas também como abelha de ouro. São indivíduos pequenos e que não oferecem risco. Produzem mel adocicado e saboroso, com uso muito popular na culinária, iniciado pelos primeiros habitantes do nosso continente, os índios. Tem valor comercial. Mirins, do grupo plebeia, onde as mais comuns no Estado são emerina, droriana, saiqui e guaçu. Mel de sabor um pouco ácido, às vezes levemente avinagrado.
Quem tem interesse em ter sua própria colmeia, recomenda-se buscar grupos ou associações de meliponicultores, como são chamados os criadores de abelhas sem ferrão. A orientação de pessoas com experiência ajuda no manejo correto, evitando riscos aos insetos.
Mas é preciso cuidado: há espécies defensivas, que ferroam quando se sentem ameaçadas, como a apis mefilera, também conhecida como africanizada. Por isso, não é recomendada a criação desses insetos, e muitos municípios têm, inclusive, legislação proibindo sua produção.
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