Após quase três anos, um consórcio internacional concluiu de forma inédita o sequenciamento do DNA da ferrugem asiática da soja — considerada uma das piores pragas das lavouras brasileiras. A obtenção do genoma do fungo possibilitará a descoberta de novos modos de ação contra a doença. Por safra, os produtores brasileiros gastam mais de US$ 2 bilhões para conter a ferrugem.
— É um marco à pesquisa agrícola brasileira. A partir do sequenciamento, poderemos ser mais assertivos para conter a resistência — explica Dirceu Ferreira Junior, diretor do Centro de Expertise em Agricultura Tropical da Bayer, integrante do consórcio formado por 12 instituições públicas e privadas.
Com o sequenciamento completo, o consórcio pretende disseminar as informações com a comunidade científica a fim de decifrar a biologia do fungo e entender a interação com a soja. No Brasil, Embrapa e Bayer darão continuidade a parceria que seguirá buscando novas tecnologias para a agricultura tropical.
– Trata-se do princípio de um novo processo que vai exigir outros incrementos em pesquisa para o desenvolvimento de ferramentas aplicadas para o manejo da ferrugem asiática – detalha o chefe-geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias.
O consórcio é formado também por Syngenta, Universidade Federal de Viçosa (MG), Fundação 2Blades, universidades alemãs Hohenheim e RWTH Aachen, Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica (França), Universidade de Lorraine (França), Joint Genome Institute (EUA), KeyGene e Laboratório Sainsbury (Reino Unido).
Atenção: em breve, você só poderá acessar o site e o aplicativo GaúchaZH usando o seu e-mail cadastrado ou via Facebook. O nome de usuário não estará mais disponível. Acesse gauchazh.com/acesso e saiba mais.