O avanço da agricultura digital de Brasil, nos Estados Unidos, na Argentina e na Holanda foi comparado durante o 5º Congresso Sul-Americano de Agricultura de Precisão e Máquinas Precisas (Apsul América). O evento teve início nesta terça-feira (24) em Não-Me-Toque, no norte do Estado, considerada a capital nacional da agricultura de precisão.
Professor da Kansas State University, dos Estados Unidos, Ignácio Ciampitti falou sobre como os produtores americanos estão integrando o uso de tecnologias:
— Os agricultores precisam de soluções que entreguem algo. Os dados devem virar ações.
Para o pesquisador americano, os produtores devem ser preparados para abraçar mudanças que tragam vantagens em torno de novas ferramentas digitais.
Sobre a agricultura holandesa, o professor Corne Kempenaar, da Universidade de Wageningen, destacou a posição ocupada pelo país europeu, de segundo maior exportador mundial de alimentos.
— Quase 70% do que produzimos é exportado. E estamos falando de apenas dois milhões de hectares de produção de leite, vegetais, flores e frutas — enumerou.
Professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Antônio Luís Santi falou sobre o momento promissor em torno das novas tecnologias:
— O importante não é a quantidade de dados, e sim, o que fazemos com as informações que realmente importam.
Sobre a agricultura digital na Argentina, o pesquisador Fernando Miguel Scaramuzza, do Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola (INTA), destacou que os avanços se deram também com o crescimento dos satélites:
— A gestão de informações com plataformas inteligentes e uso de satélites é um caminho sem volta.
Com cerca de mil participantes, o evento termina nesta quarta-feira (25) com debates em torno da agricultura 4.0, big data, inteligência artificial e uso de drones.