Responde: Zilmar Moussalle, veterinário e diretor executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no RS (Sicadergs)
O abate humanitário requer das indústrias cuidados e cumprimentos de normas para não gerar sofrimento aos animais. Durante o transporte, não pode haver nada que os machuque – como pregos ou partes pontiagudas. O motorista deve ser treinado para fazer pausas, manter a velocidade e ver se há animais caídos e ou sobrepostos. Além disso, o condutor teve ter um instrumento para ajudar o animal caso a pata saia para fora ou os mesmos fiquem amontoados. O local não pode ter superlotação e nem muito espaço para que caiam.
Assim que o caminhão chega ao matadouro, os animais são descarregados nos currais, que devem ter no mínimo 2,5 metros quadrados por exemplar. Durante 24 horas, recebem dieta hídrica para não encher o estômago e não romper na hora de retirar as vísceras. Após esse período, são tocados com chocalho em direção ao box de atordoamento.
No local, os animais são encerrados individualmente e atordoados com uso de pistola pneumática. Depois, ficam inconscientes. Posteriormente, são pendurados em correntes e encaminhados para a calha de sangria para que possam ser cortados os grandes vasos e sair a maior quantidade possível de sangue com o animal ainda inconsciente. No local, é abatido.