Com operações em Santa Cruz do Sul desde 2009, a Japan Tobacco Internacional (JTI) inaugura amanhã a unidade que completará a verticalização da produção em torno do tabaco: da lavoura ao varejo. A primeira fábrica de cigarros da marca na América do Sul recebeu investimento de R$ 80 milhões e gerou 80 empregos diretos. Nos próximos meses, a previsão é chegar a 100 vagas, adianta Flavio Goulart, diretor de assuntos corporativos e comunicação da JTI no Brasil.
Antes de ser inaugurada, a fábrica começou a operar e chegou a ser interditada em junho pela ausência de uma licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — exigida para vender produtos das marcas Camel e Winston com fumo plantado e processado no Brasil.
— Vencemos essa questão burocrática e agora estamos completamente aptos a operar com as quatro novas linhas de produção — garante o executivo.
Até então, a multinacional fazia apenas o processamento do tabaco no Estado, destinando a matéria-prima a diversas fábricas de cigarro no mundo. Agora, com a fábrica no Brasil, parte da produção será industrializada no país, onde a JTI tem 13 mil produtores integrados — dos quais 60% no Rio Grande do Sul.
— A qualidade do tabaco brasileiro e a confiança na estabilidade da produção, a segunda maior do mundo, motivaram a empresa a investir no país — completa Goulart.
Apenas um processo continuará sendo feito na Europa, pelo menos por ora. A mistura de diversos tipos de tabaco, conforme a formulação do produto. No futuro, a ideia é trazer tudo para o Brasil.