Ainda faltam aparar algumas arestas, mas a promessa é de que a reunião de conciliação entre Marfrig e representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Alegrete marcada para o final da manhã desta quinta-feira termine, finalmente, com um acordo. Esse será o terceiro encontro desde o início da rodada de negociações.
- Só não sai se não houver interesse em negociar. Está 90% definido - afirma Marcos Rosse, presidente do sindicato.
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A entidade irá apresentar algumas sugestões de alteração à proposta feita na semana passada pela empresa. Na ocasião, a Marfrig acenou com a possibilidade de manter as operações no frigorífico de Alegrete por mais um ano, com número de trabalhadores, no entanto, reduzido a 250 - hoje, são 621 funcionários. O pedido será para que sejam mantidas 300 pessoas na planta.
Foi oferecida, ainda, a alternativa de transferência de até 120 pessoas para as demais unidades da marca no Estado.
Outro ponto a ser esclarecido diz respeito ao banco de horas, solicitado pela empresa. Conforme Rosse, não foi apresentado um desenho de como funcionaria o mecanismo. Os trabalhadores já avaliaram a proposta para desconto de horas para a troca de uniforme.
O assunto foi debatido em assembleia realizada na terça-feira. Entre 30% e 40% dos funcionários - cerca de 200 pessoas - demonstraram interesse em aderir ao plano de demissão voluntária.
Liminar em vigor estabelece a suspensão das demissões previstas com o anúncio do fechamento do frigorífico até que se chegue a um acordo para os desligamentos em massa.
Se as partes saírem da reunião desta quinta com o acordo em mãos, será hora de direcionar o foco para as questões estruturais que ainda prejudicam a expansão da produção de carne no Estado. Para não ver toda essa novela se repetir daqui a um ano.