Sem chegar a um consenso, John Deere e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Horizontina vão nesta quarta-feira ao Tribunal Regional (TRT) do Trabalho para negociar. Em jogo, estão as 167 demissões anunciadas para a fábrica da marca no município da Região Noroeste - e temporariamente suspensas por força de liminar concedida no último dia 10.
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O prazo dado pelo tribunal para que as duas partes negociassem terminanesta quarta. Ainda na terça, em reunião na Capital, se optou pela mediação judicial. A assessora jurídica do sindicato, Lidia Woida, encaminhou uma petição, que foi deferida. A reunião de mediação ocorre às 15h, e será conduzida pela desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, vice-presidente do TRT da 4ª Região.
O impasse, neste momento, está na contrapartida para os funcionários a serem dispensados. A empresa teria colocado como irreversíveis as demissões. A manutenção dos postos estaria sendo considerada apenas para trabalhadores com doenças ocupacionais - que representariam uma pequena parcela, em torno de 15 pessoas.
- O que está em negociação é a compensação para o impacto social causado por essa demissão em massa - pondera Lidia.
Conforme Irineu Schöninger, presidente do sindicato, os valores oferecidos estão abaixo do solicitado. Ele cita a quantia de R$ 3,8 mil estabelecida em acordo com trabalhadores da fábrica de Catalão (GO), maior do que a sugerida para o Rio Grande do Sul - que inicialmente foi de R$ 1,4 mil e estaria em R$ 2,5 mil.
A John Deere, por meio da assessoria de imprensa, informou que só irá se manifestar após a mediação da Justiça.
As demissões são, então, apenas uma questão de tempo. Agora é tentar chegar ao melhor denominador possível para reparar esse indesejável cenário.