O papel do agricultor enquanto produtor de alimentos tem sido percebido com mais clareza por consumidores e pelo próprio homem do campo. É o que mostra a pesquisa Farm Perspective Study, feita pela multinacional Basf com mais de 1,3 mil pessoas em todo o Brasil. Foram 1 mil consumidores e 307 produtores - na Região Sul, 122 agricultores e 162 consumidores participaram do levantamento.
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Entre os produtores, 93% afirmaram que se enxergam como provedores de alimentos. Na pesquisa anterior, há três anos, o índice era de 79%. Da mesma forma, cresceu 18% a percepção dos consumidores que veem no agricultor um fornecedor de comida: 88,6% dos entrevistados.
- Notamos uma melhora na autoestima do produtor. A atividade está sendo mais compreendida pela sociedade. Mas há pontos a serem melhorados - afirma Laura Pires, gerente de marketing da unidade de proteção de cultivos da Basf, que desenvolve campanhas de valorização da atividade.
Laura tem razão. Ainda existem lacunas a serem preenchidas na comunicação entre quem produz e quem consome. Uma delas é a que diz respeito ao item sustentabilidade. O assunto desperta interesse crescente nos centros urbanos, embora a compreensão do conceito ainda não esteja clara. Para as duas partes. O filão existe: 75% das pessoas aceitariam pagar mais por produtos sustentáveis, embora grande parte não saiba identificar o que é essa sustentabilidade.
- Tanto o consumidor quanto o produtor associam sustentabilidade apenas a aspectos ambientais - pondera a executiva da Basf.
E uma produção sustentável vai além disso. Harmoniza boas práticas em diferentes esferas, das condições de trabalho ao ambiente, tendo como resultado rendimento e rentabilidade. O caminho do entendimento passa pela conscientização, tanto dentro quanto fora da porteira.