A existência de vida na Terra está diretamente atrelada ao aquecimento da superfície do planeta. Sem o efeito estufa, fenômeno natural que retém calor no centro terrestre, a temperatura média do planeta seria de -18ºC, cerca de 33ºC abaixo da média atual, 15ºC. No entanto, o modo de vida atual do homem tem aumentado gradativamente a emissão de gases de efeito estufa — dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e vapor d’água —, o que causa mudanças climáticas e ameaça o futuro da Terra.
A queima de combustíveis fósseis — utilizados principalmente para a geração de energia, transporte e atividades industriais —, somada às queimadas frequentes ao redor do mundo e ao desmatamento, aumentam a quantidade destes gases, em especial de CO2, lançados na superfície do planeta.
Quando aumenta a concentração destes gases na atmosfera, o calor concentra-se na superfície terrestre e, consequentemente, não é liberado para o espaço, elevando a temperatura no planeta — aquecimento global — e impactando em mudanças climáticas. Estes efeitos já são notados na Terra.
Conforme Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as décadas de 1990 e 2000 foram as mais quentes dos últimos mil anos. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) estima que os próximos 100 anos serão ainda mais quentes, com aumento da temperatura média global entre 1,8°C e 4,0°C, e um aumento do nível médio do mar entre 0,18m e 0,59m.
Afinal, o que são estes gases?
A partir da Revolução Industrial (1760 – 1840), o homem passou a emitir cada vez mais gases de efeito estufa. Apesar de ser o gás naturalmente mais emitido, o dióxido de carbono não é o de maior poder degradante. Confira quais são os gases de efeito estufa:
- CO2 (carbono): permanece na atmosfera por, no mínimo, 100 anos.
- CH4 (metano): tem potencial de aquecimento 28 vezes maior do que o do CO2, mas é emitido em menor quantidade.
- N20 (óxido nitroso): é o gás mais degradante, com poder de aquecimento 256 vezes maior ao do CO2. Também é pouco emitido na superfície com relação ao dióxido de carbono.
Consequências do aquecimento global
É notável que as temperaturas têm sido cada vez mais severas, seja em dias frios ou de calor. Fenômenos naturais como vendavais, ondas de calor, períodos de estiagem e inundações também têm se tornado cada vez mais frequentes ao redor todo mundo. Todos são efeitos decorrentes do aumento da emissão de gases de efeito estufa e do aquecimento global.
“As consequências do aumento de temperatura são graves para todos os seres vivos, incluindo o homem. O aquecimento global tem impactos profundos no planeta: extinção de espécies animais e vegetais, alteração na frequência e intensidade de chuvas, elevação do nível do mar e intensificação de fenômenos meteorológicos”, definiu o INPE sobre as consequências do aquecimento global.
Outro fato preocupante com a elevação da temperatura média da terra é o derretimento de geleiras polares, o que ocasiona o aumento do nível do mar. Como resultado deste fenômeno, os cientistas alertam que ilhas e cidades litorâneas podem ser tomadas pela água.
As informações são do INPE e do World Wide Fund for Nature Brasil (WWF-Brasil).