Após um janeiro de temperaturas elevadas e chuva abaixo da média, fevereiro deve ser de clima um pouco mais ameno no Rio Grande do Sul. Entretanto, o mês que se inicia nesta terça-feira (1º) segue quente, e a estiagem que afeta o Estado irá se prolongar.
De acordo com Carine Gama, meteorologista da Climatempo, não há previsão de temperaturas fora do normal. Ainda há chances de serem registradas marcas acima da média — algo recorrente durante o verão —, mas sem risco de um calorão histórico como o vivido em janeiro — foram, pelo menos, 14 dias com temperatura acima de 40ºC em algum município do Rio Grande do Sul.
— Devemos ter áreas com temperaturas acima da média, como Sul e Fronteira Oeste, porque estamos sob efeito do La Niña. (Fevereiro) Continua com temperatura alta, mas sem desvios tão grandes quanto em janeiro — explica.
No Rio Grande do Sul, o La Niña provoca diminuição de chuva e aumento de temperatura. Na Região Central e na Fronteira Oeste as temperaturas devem ficar 3°C a 4°C acima da média máxima. A cidade de Uruguaiana, que tem média de temperatura máxima de 30,5ºC, deve registar três a quatro graus acima da média.
Já na Campanha, Região Metropolitana, Serra, Litoral e Extremo Sul o desvio deve ser de somente um grau. No caso de Porto Alegre, onde a média de máxima é de 30,2ºC, a temperatura deve ficar na casa dos 31ºC.
O motivo para essas temperaturas que, embora altas, são mais amenas do que as recentemente registradas no Estado é que, de acordo com a Climatempo, não há previsão de nenhum bloqueio atmosférico prolongado como ocorreu em janeiro, que impede a entrada de frentes frias no Estado.
Chuva
Os modelos meteorológicos indicam precipitação acima da média no Noroeste, que deve registar cerca de 30 milímetros acima do normal. O Extremo Sul, na região do Chuí, deve receber menos chuva, com cerca de 30 milímetros abaixo do esperado para o mês. Já as demais regiões devem ter chuva entre a média e abaixo dela. Assim, a chuva deve ficar entre 100 e 200 milímetros abaixo da média para todo o Estado.
De acordo com Carine Gama, apesar de a chuva voltar a ser mais frequente, a estiagem deve ser prolongada. A boa notícia é que o solo fica mais úmido e, com isso, aumenta a capacidade hídrica, o que pode contribuir para o plantio do milho de segunda safra.
No caso da Região Metropolitana, não são descartados temporais como os registrados nesta segunda quinzena de janeiro. A instabilidade deve diminuir partir de terça-feira (1º), com maiores janelas de tempo aberto. Mas quando a chuva vier, será de forma rápida e irregular.