O vazamento de óleo que tem sido retirado do litoral do Nordeste é a maior agressão ambiental já sofrida pelo Brasil em sua história, segundo o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Ele participou nesta terça-feira (29) de um seminário sobre a matriz energética brasileira na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e comentou o desastre ambiental.
— (O vazamento) é a maior agressão ambiental sofrida por nosso país, creio eu, em nossa história — disse.
Castello Branco afirmou que o assunto tem sido abordado de forma "politizada e ideologizada", com "versões falsas" sobre o que poderia ter sido feito.
— Na realidade, era impossível combater isso na origem. As empresas de petróleo e a Petrobras estão preparadas para combater vazamentos de petróleo, uma vez identificada a fonte do vazamento — defendeu.
O presidente da estatal comparou a quantidade de óleo retirada das praias ao desastre ambiental no Golfo do México, em que o vazamento partiu da petrolífera British Petroleum (BP), em 2010.
Ainda não se sabe de onde vazou o óleo que atinge as praias nordestinas, mas pesquisadores já apontaram que o vazamento ocorreu no oceano, em uma área entre 600 e 700 quilômetros de distância da divisa entre Sergipe e Alagoas. Uma das hipóteses é que o óleo tenha sido extraído de três campos na Venezuela e, provavelmente, estivesse sendo transportado quando ocorreu o acidente.