O vazamento de óleo que atinge o litoral dos nove Estados do Nordeste desde o final de agosto tem deixado turistas apreensivos. O Procon orienta que o consumidor busque acordo amigável com empresa contratada, mas garante que a remarcação de viagem para local que registrou manchas do poluente pode ser feita sem o pagamento de multa.
No mapa produzido por GaúchaZH (confira abaixo) com base em informações do Instituto Natural do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é possível verificar os locais atingidos até o momento.
De acordo com o governo federal, já foram recolhidas mais de mil toneladas de óleo, numa extensão de 2,5 mil quilômetros. Segundo monitoramento do Ibama, cerca de 200 localidades ainda possuem registro de óleo.
Conforme o levantamento, até a segunda-feira (28), os Estados da Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte tinham o maior número de locais prejudicadas pelo desastre ambiental:
Proibição da pesca
Nesta terça-feira (29), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou instrução normativa que proíbe a pesca da lagosta e do camarão em áreas do Nordeste afetadas pelo vazamento de óleo. O documento também permite o pagamento de até duas parcelas extras do seguro-defeso aos pescadores atingidos.
Desastre inédito
A coordenadora de Emergências Ambientais do Instituto Natural do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fernanda Pirillo, responsável pelas operações de limpeza dos locais atingidos, disse que o desastre ambiental "é um caso inédito no mundo e ainda não é possível prever o seu fim".
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta terça que o governo está fazendo "tudo o que lhe compete" para limpar praias do Nordeste atingidas por vazamento de óleo de origem ainda desconhecida.