Os recursos repassados ao Fundo Amazônia, utilizados para o combate de incêndios e até então mantidos por Noruega e Alemanha, são importantes para o trabalho realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, de 10 caminhões especiais que o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama tem hoje, seis foram comprados com repasses do fundo de proteção.
Além disso, o dinheiro também ajudou a adquirir picapes adaptadas e, nos últimos cinco anos, uniformes para os brigadistas, incluindo a aquisição anual de aproximadamente 4 mil calças, 4 mil camisetas e 4 mil botas novas, itens que são repassados para cerca de 1,3 mil brigadistas contratados temporariamente pelo Instituto. O jornal paulista também afirma que, na prática, o dinheiro do Fundo Amazônia só não paga o salário e demais custos do servidor.
O fundo também custeia, há três meses, a construção de um prédio novo dentro da sede do Ibama, em Brasília, que será usado para centralizar as ações e Inteligência de combate a incêndios do governo federal, estrutura que hoje é improvisada.
Apesar de a missão de combater os incêndios na região amazônica ser dos Estados, é função obrigatória do Ibama atuar em áreas federais como terras indígenas, territórios quilombolas e assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Já o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) é responsável pelas unidades de conservação federal, apesar de o Ibama ajudar de forma regular em ações de combate a queimadas. Exemplo disto são os 700 brigadistas do Ibama trabalhando nas áreas de fogo da floresta amazônica.
Mesmo que o atual governo tenha feito críticas à Alemanha e à Noruega sobre o Fundo Amazônia, o dinheiro ainda está sendo usado nas ações de combate ao fogo que atingem a região. O contrato de R$ 14,717 milhões firmado com o Fundo Amazônia em junho de 2014 pelo Ibama tem validade de 74 meses e só acaba em agosto de 2020.
De acordo com o Estado de S. Paulo, até dezembro de 2018, R$ 11,721 milhões já haviam sido gastos pelo Ibama no apoio de suas operações de combate a incêndios na região, o que equivale a 80% do total obtido.