O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou um edital no Diário Oficial da União desta quarta-feira (21) para chamamento público de empresas especializadas no fornecimento diário por imagens de satélites de alta resolução espacial para geração de alertas diários de indícios de desmatamento.
O documento, assinado pelo diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Alves Borges de Azevedo, diz que a medida justifica-se pela “busca de uma solução viável e operacional para atuação mais eficiente, eficaz, efetiva e com maior celeridade na gestão das ações de fiscalização ambiental no combate ao desmatamento ilegal e exploração florestal seletiva ilegal na região Amazônica”.
O texto do edital diz ainda que o Ibama, por meio de sua Diretoria de Proteção (Dipro), "tem por objetivo combater o desmatamento ilegal na Amazônia Legal de forma preventiva ou, no mínimo, contemporânea, para que seja possível interromper a ação criminosa, viabilizando uma atuação mais expedita e não permitindo a evolução e consolidação da ocorrência do ilícito".
Nesse sentido, segundo o instituto, é necessário obter alertas de desmatamento diários das áreas mais críticas na Amazônia, em uma área pré-determinada de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados, distribuídos a leste dos Estados do Acre e Rondônia, norte de Rondônia e Mato Grosso, sul do Estado do Amazonas e meio norte do Estado do Pará.
Queimadas
Nesta quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que as queimadas na Amazônia são criminosas e que ONGs podem estar por trás dos incêndios.
— Pode ser fazendeiro, pode, todo mundo é suspeito, mas a maior suspeita vem de ONGs — disse, ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta.
O presidente ressaltou que o governo está investigando o crime, mas que não existem provas de quem está provocando as queimadas.
— A Amazônia é maior do que a Europa, como vai combater incêndio criminoso nessa área? E é criminoso, mas você não vai pegar quem está tacando fogo lá, só se for em flagrante.
É um indício fortíssimo de que são ONGs. Não se tem prova disso, se você não pegar em flagrante quem está queimando e buscar quem mandou —acrescentou.