O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou neste sábado (24) que a ajuda dos Estados Unidos no combate a queimadas na Amazônia ainda não passou de uma conversa entre o presidente Jair Blsonaro e Donald Trump por telefone. A alternativa foi levantada no início da noite de sexta-feira (23), após o presidente norte-americano afirmar que o governo dos EUA está à disposição para ajudar com a crise ambiental.
— A ajuda americana está só na intenção, não teve outro contato além desse. Só teve uma ligação do Trump com Bolsonaro. Ficou só entre presidente e presidente — explicou Azevedo, em entrevista coletiva ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Aliado de Trump, Bolsonaro sofreu críticas de líderes globais devido à falta de ações para combater o desmatamento. As declarações do presidente também desencadearam a interrupção de repasses a projetos na Amazônia. A Alemanha congelou uma contribuição de R$ 155 milhões para projetos de proteção florestal. Já Noruega anunciou a suspensão dos repasses de R$ 133 milhões para o Fundo Amazônia.
O presidente francês Emmanuel Macron ameaçou se retirar do acordo do Mercosul com a União Europeia em retaliação à destruição da floresta. O assunto deve voltar a ganhar destaque na cúpula do G7, que começou a reunir líderes neste sábado (24) em Biarritz, na França, que espera soluções concretas para as crises que agitam o planeta.