A fisioterapeuta Carla Mafalda Rizzardi foi a primeira vítima do acidente em Alfredo Wagner a receber alta no Hospital Regional de São José. Caminhando com dificuldade após a queda em uma ribanceira no ônibus em que voltava para Florianópolis, ela conta que acordou pouco antes da tragédia, com um solovanco do veículo que derrubou malas do compartimento de bagagens.
- Muita gente caiu fora do ônibus. Quando a gente pulou, a gente começou a passar por corpos, pessoas muito mal - lembra, com lágrima nos olhos, Carla.
>> Local é conhecido como "curva da morte" pelos moradores da região
Ela nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, mas mora na Capital catarinense há dois anos. Seus pais, Carlos e Sissyone Rizzardi, esperavam por ela no hospital. Vieram de Passo Fundo direto ao saber do acidente. Chegaram por volta do meio dia ao município de São José, preocupados com o estado de saúde da filha.
Carla teve alta às 14h30, aparentemente sem nenhum ferimento grave, após ter feito tomografia e raio-x. Mas continuaria em observação por segurança.
Seu pai contou que a vida de sua filha pode ter sido salva por uma acaso do destino. Ele que sempre compra os bilhetes para a filha retornar para quando, quando visita a família no Rio Grande do Sul. E tem a mania de sempre comprar a passagem na fileira da direita do ônibus. Como quem comprou foi outro parente da família, acabou comprando no lado esquerdo. O lado direito foi o mais danificado no acidente e o outro, em que Carla estava, o mais preservado.
- Minha filha podia ter morrido - desabafou Carlos, feliz pelo fato de que ela pode sair caminhando do hospital.
Entenda o acidente:
A empresa Reunidas informou que está se mobilizando para prestar assistência às vítimas. Para os familiares que buscam informações sobre o acidente, a empresa disponibiliza o telefone (49) 3561-5591.
Veja, em vídeo, como ficou o ônibus:
Veja imagens do acidente:
Veja no mapa o local do acidente: