A Intuitive Machines (IM), uma empresa do Texas (EUA) se tornou, na noite desta quinta-feira (22), primeira companhia privada a pousar na Lua. O feito marca o retorno dos Estados Unidos ao satélite natural da Terra desde o final do programa Apollo, há mais de 50 anos.
— Podemos confirmar sem dúvida alguma que nosso equipe está na superfície da Lua, e estamos transmitindo. Parabéns equipe da IM, vamos ver quanto mais podemos conseguir com isso — declarou Tim Crain, da Intuitive Machines, durante a transmissão ao vivo.
O módulo Odysseus decolou da Flórida na semana passada transportando experimentos científicos da Agência Espacial dos Estados Unidos, a Nasa.
Após uma série de tentativas que deram errado de suas concorrentes no setor, a empresa realiza o objetivo de fazer a primeira alunissagem de uma sonda americana.
Como é a descida
Durante a descida, de aproximadamente uma hora, o aparelho utiliza câmeras e lasers para se orientar. O motor também serve para freá-lo e prepará-lo para o pouso final, vertical, a partir de uma altura de 30 metros. A partir daí, o módulo de alunissagem passa a ser completamente autônomo.
Nesse momento, uma pequena máquina equipada com câmeras, desenvolvida pela Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, deixa o módulo de alunissagem para capturar o momento do pouso do lado de fora.
Durante a transmissão, ao confirmar que o pouso tinha ocorrido, a Nasa afirmou que as condições em que ocorreu ainda não estavam claras devido a um problemas de sinal.
O lançamento
Em 15 de fevereiro, a SpaceX, empresa de Elon Musk, e a Intuitive Machines lançaram o foguete Falcon 9 com módulo de pouso na Lua. Inicialmente, o lançamento estava previsto para ocorrer na véspera, mas o equipamento havia apresentado problemas com gás metano.
A decolagem ocorreu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA). A missão, intitulada IM-1, teve como objetivo enviar o primeiro módulo da Intuitive Machines em parceria com a Space X à Lua.
A corrida para pousar na Lua
Recentemente, Índia e Japão conseguiram pousar no satélite natural graças a suas agências espaciais nacionais, tornando-se o quarto e o quinto país, respectivamente, a consegui-lo, depois de União Soviética, Estados Unidos e China.
Mas diversas empresas privadas - israelenses, japonesas e americanas - tentaram o feito em vão. A Rússia também fracassou na tentativa de pousar uma nave no satélite natural em agosto do ano passado.