A SpaceX, empresa de Elon Musk, e a Intuitive Machines lançaram, na madrugada desta quinta-feira (15), o foguete Falcon 9 com módulo de pouso na Lua. Inicialmente, o lançamento estava previsto para ocorrer na quarta, mas o equipamento havia apresentado problemas com gás metano.
A decolagem ocorreu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), a 1h5min (no horário local) — por volta de 3h5min, no fuso de Brasília.
A missão, intitulada IM-1, tem como objetivo enviar o primeiro módulo da Intuitive Machines em parceria com a Space X à Lua. A estrutura, com pouco mais de quatro metros de altura, deve manter comunicação com a sala de controle da empresa, situada em Houston, no Texas. Assim, a Intuitive Machines espera tornar-se a primeira entidade não governamental a conquistar o feito e pousar o primeiro robô americano na superfície lunar desde as missões Apollo, há mais de cinco décadas.
A IM-1 integra o programa CLPS da Nasa, que consiste na contratação de empresas privadas para realizar o envio de equipamentos científicos à Lua. O objetivo é preparar o satélite natural para novamente receber astronautas. A agência espacial dos Estados Unidos espera estabelecer uma presença de longo prazo na Lua.
Na primeira etapa do programa, em janeiro, um equipamento da empresa Astrobotic precisou ser destruído durante o voo depois de apresentar vazamento de combustível e não conseguir chegar à Lua.
Todos os riscos das missões são assumidos pela Nasa, que afirmou ter conhecimento que nem todas terão sucesso.
O módulo de pouso lunar possui um novo tipo de motor de metano líquido e oxigênio super-resfriado que fornece a potência para chegar com maior rapidez ao seu destino, evitando uma longa exposição à região de alta radiação ao redor da Terra, conhecida como cinturão de Van Allen.
Caso tudo ocorra dentro do previsto, o foguete deve chegar ao seu local de pouso, a cratera Malapert A, em 22 de fevereiro. Até a última atualização desta reportagem, todas as etapas do procedimento haviam ocorrido conforme o esperado.