A Agência Espacial Norte-americana (Nasa) vai trazer amostras do asteroide Bennu à Terra, após uma missão de sete anos. Fragmentos do objeto rochoso serão estudados para tentar evitar a colisão do corpo celeste com o nosso planeta no futuro. Com informações do Space.
Em 2016, a espaçonave OSIRIS-REx foi enviada na direção do asteroide e o alcançou em outubro de 2020, permitindo a coleta de amostras. Especialistas vão buscar maneiras de evitar uma colisão a partir da análise dos materiais. Bennu está classificado em segundo lugar na lista de asteroides potencialmente perigosos segundo a Nasa, tem chance de 1 em 2700 de colidir com a Terra entre os anos 2175 e 2196.
Os pedaços do asteroide recolhidos devem começar a retornar à Terra no domingo (24), em uma cápsula especial, com pouso marcado para às 11h (horário de Brasília). As amostras devem vir em direção de nosso planeta em uma velocidade de aproximadamente 45 mil km/h, suportando temperaturas extremamente elevadas.
A aterrisagem será realizada por meio de um paraquedas, que cairá no Campo de Testes e Treinamento do Departamento de Defesa de Utah, nos Estados Unidos.
Apesar de ainda não terem chegado em nosso planeta, já foi descoberto que as amostras do Bennu são muito mais do que apenas rochas flutuando no espaço. O corpo celeste solta fragmentos de pedras porosas de baixa intensidade, o que ainda será melhor estudado para definições mais precisas.
A missão em questão não faz parte da Dart (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide), que realizou um impacto proposital de uma espaçonave com um asteroide, mudando sua órbita. Porém, a Nasa não descarta relacionar eventuais informações paralelas em ambos os estudos.