O telescópio espacial James Webb capturou mais algumas imagens inéditas, dessa vez de Júpiter e de sua lua. Os registros do maior planeta do Sistema Solar foram divulgados pela Nasa nesta quinta-feira (14).
O telescópio utilizou infravermelhos para capturar as imagens, que foram capazes de destacar as diferentes faixas de cor do planeta. É possível visualizar a Grande Mancha Vermelha de Júpiter nos registros, que aparece no formato de um grande ponto branco (canto inferior direito da foto).
A enorme mancha se trata de uma grande tempestade, que seria capaz de engolir a Terra. A região produz uma tempestade anticiclônica, que consiste em uma alta pressão persistente na atmosfera.
O material fotográfico registrado pelo James Webb mostrou que o equipamento é capaz de rastrear alvos do Sistema Solar e produzir espectros cheios de detalhes e sem precedentes.
O cientista Bryan Holler, do Space Telescope Science Institute em Maryland, nos Estados Unidos, que participou da análise das fotos antes de serem divulgadas, afirma que "essas imagens demonstram a compreensão completa do que Webb consegue observar, desde as galáxias observáveis mais fracas e distantes até planetas em nosso próprio 'quintal cósmico' que você pode ver a olho nu de seu quintal real".
As luas de Júpiter também chamaram a atenção dos especialistas, que, a partir da visualização mais nítida de Europa, Thebe e Metis, celebraram a capacidade de enxergar os objetos espaciais com maior eficácia.
O vice-cientista do projeto Webb para ciência planetária, Stefanie Milam, ressaltou a emoção de enxergar a luminosidade de uma forma nunca antes vista:
— Eu não podia acreditar que vimos tudo tão claramente, e quão brilhantes eles eram — comemorou o especialista.
A facilidade do Webb em capturar imagens é tão capacitada que os anéis de Júpiter puderam ser bem visualizados, abrindo precedentes para que outros planetas, como Saturno, possam também ser melhores vistos no futuro.