Depois da Lua dos Cervos iluminar o céu pelo mundo inteiro na quarta-feira (13), outro evento astronômico está previsto para esta quinta (14). Um dos cometas ativos mais distantes chegará a seu ponto máximo de aproximação com a Terra. Localizado na constelação de Ophiuchus, o cometa C/2017 K2 (PanSTARRS), abreviado de cometa K2, estará a uma distância de cerca de 270 milhões de quilômetros do nosso planeta.
Já a máxima aproximação do cometa com o Sol, posicionamento ao qual se dá o nome de periélio, será em dezembro de 2022.
De acordo com o Observatório Nacional, o K2 não será visível a olho nu, mas, ainda assim, será possível observá-lo.
— Ele poderá ser observado com o uso de pequenos telescópios ou até mesmo com lunetas, desde que o observador esteja em locais com pouca poluição luminosa, ou seja, locais mais escuros — explica o pesquisador do observatório Marçal Evangelista Santana.
Segundo o físico, que é doutorando em astronomia, os observadores que estiverem no hemisfério sul serão privilegiados para observar o cometa em quase toda a noite. Para tanto, basta olhar para a constelação de Ophiuchus, tendo como referência a constelação de Escorpião.
Segundo a Nasa, esse cometa foi inicialmente descoberto em maio de 2017, e foi, na época, o cometa ativo mais distante já encontrado, descoberto quando estava a cerca de 2,4 bilhões de quilômetros do Sol.
A agência espacial também afirma que órbita do cometa indica que ele veio da Nuvem de Oort, uma região esférica com quase um ano-luz de diâmetro e que se acredita conter centenas de bilhões de cometas. O fenômeno deve iluminar a magnitude sete ou oito, ainda muito fraca para o olho nu. Por isso é preciso um telescópio para apreciar a passagem.
Cometas
Os cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, que ficam mais ativos na medida em que se aproximam do Sol. Isso ocorre porque o calor do astro aquece o cometa, fazendo com que seu gelo se transforme em gás. Neste processo de sublimação, forma-se uma nuvem ao redor do cometa, também conhecida como cauda.
Delta Aquáridas
Julho reserva ainda a Delta Aquáridas Austrais, uma chuva de meteoros que poderá ser observada da última semana do mês até meados de agosto. Durante o fenômeno, será possível observar os rastros deixados pelos agrupamentos de cometas Marsden e Kracht. O evento poderá começar entre 12 e 14 de julho, e atingir o ápice nos dias 28 a 29. Não há restrições de observação para o Brasil; moradores de todas as regiões poderão observar o show de luzes no céu noturno.